Durante muito tempo isso foi tudo que eu queria ter.
Agora parece algo velho e ignorado.
Nossos sentimentos e emoções vem e vão, crescem e desaparecem, como fases da Lua. Por que então tomá-los como base de nossas relações?
O amor como sentimento (ou sobre as crianças mimadas que somos)
“Na mesma época em que as crianças se tornaram representantes de nossa vida além da morte, começamos a organizar nossa sociedade pelos sentimentos. Não só nos casamos por amor, mas até nossos laços de sangue pouco valem sem os afetos. Passamos de um mundo em que havia laços com ou sem sentimentos (tanto fazia) a um mundo em que os sentimentos são condição dos laços.” –Contardo CalligarisNós queremos ser chacoalhados. Filmes, músicas, drogas, álcool, chocolates, viagens, sapatos, amores… Somos felizes quando somos movidos por algo. Toda paixão – como já sugere a raiz grega, páthos – é uma forma de passividade. Nós sofremos paixão, padecemos, nos assujeitamos. Caímos arrebatados, atropelados. We fall in love: a paixão é algo que nos acontece.
Primeiro, a confissão “Estou apaixonado por ele!”, que significa “Ele faz coisas comigo, ele me deixa viva, linda e feliz”. Depois, “Eu te adoro”, nada diferente de pedir que o outro continue nos movendo, seguido pelo clássico “Eu te amo”, ou seja, “É por você que quero ser amada”. E enfim o pedido de casamento, cujo discurso gira em torno de “Eu nunca fui tão feliz como nos últimos anos, por isso quero passar o resto da minha vida com você” (assista aos dois primeiros pedidos: os caras não falam da vida delas, mas de sua própria felicidade). Em nosso autocentramento, o “Eu” de tais frases não é ator algum. É sujeito.
Se casamos por um amor desses, assim que o outro pára de nos mover, de injetar felicidade em nós, de causar tesão, nossa passividade se revela pura estagnação (pois afinal nunca nos movemos de fato, é sempre o outro que nos puxa de lá para cá). Quando ele pára de nos mover, paramos de amar. Trocamos então o “Eu te amo” por “Eu quero me separar”. O motivo? O outro nos fazia feliz, agora não mais. Razão suficiente para terminar uma relação, não é mesmo?
Se fosse apenas com as relações amorosas… O sentimento é considerado critério de veracidade, referencial ético, fundamento inquestionável para qualquer ação. Ele saiu do trabalho porque não estava se sentindo bem lá. Ela fuma porque gosta do que o cigarro a faz sentir. Ele quase não visita sua família porque se sente desconfortável entre tios e primos, gente chata e sem graça. E, claro, ela terminou o casamento porque o amor acabou. Os sentimentos são nosso refúgio e nossa certeza. Nossa intuição mais profunda: “Se eu sinto assim, então só pode ser verdade!”.
Tomando os sentimentos e as sensações como referencial, procuramos por tudo aquilo que nos faz sentir bem e nos afastamos das situações e seres que não nos trazem prazer. Com isso, nos tornamos mimados: “Rúcula eu não como porque não gosto”. A nova geração de homens “frescos” que não comem alguns legumes e verduras é impressionante! Esses dias conheci um cara que não come mamão. Pode isso? (Toda mulher deveria desconfiar do desempenho sexual de um homem que não come de tudo).
Por sermos mimados, acabamos por formar crianças mimadas. Contardo Calligaris (em “As crianças do divórcio”) explica:
“Na sociedade atual, o projeto de ser feliz é mais importante do que qualquer obrigação – inclusive a de criar as crianças no quadro de uma família. Os pais que se divorciam transmitem esta opção a seus rebentos, que se tornam, portanto, os arautos da nova disposição subjetiva, assim resumida: o que mais importa é se dar bem.” [...]Como sabemos que nos indispomos ao menor desconforto (e que o outro funciona do mesmo modo), evitamos ao máximo causar atritos no sentimento que elegemos como base da relação. Sob o risco do amor do outro acabar, temendo sermos abandonados como um brinquedo antigo jogado no fundo do armário, também mimamos nossos maridos e esposas. Tentamos não confrontar suas negatividades para que eles nunca deixem de se sentir amados. Ao mesmo tempo, nós também queremos nos sentir amados, então mimamos para sermos mimados – eis nosso pacto de mediocridade.
“Muitas vezes nos queixamos, porque nossos rebentos se engajariam pouco em causas nobres, se drogariam mais, tentariam prosperar sem suar nenhuma camisa e outros lugares-comuns da besteira parental. De fato, os ditos rebentos respondem ao que lhes foi transmitido quando decidimos que nosso anseio de felicidade, conforto e prazer não deve recuar – nem mesmo pelo bem deles.”
“Os laços construídos ao redor do amor são dos mais precários; os casamentos por amor duram menos, ao que parece, do que os contratos do passado. E, quando duram, podem doer mais (tipo: nossa vida é um inferno, a gente não se entende, mas ficamos juntos porque nos amamos).” –Contardo CalligarisComo sentimento, o amor é inseparável da paixão que o fez nascer. É a lembrança dessa vinculação que, depois de anos de relacionamento, nos preocupa lá pelo quarto mês de paixão ausente: “Ele não me procura mais”, “Ela parece que não gosta mais de mim”. Se não há paixão, parece não restar mais amor, então outros sentimentos e emoções tomam conta do casal (já que o sentimento é sua fundação), muitas vezes o fazendo ruir de dentro para fora. Sem amor, qual o sentido de ficar junto?
Nosso mimo hedonista quase não é um problema comparado ao sofrimento gerado pela impermanência, pelas oscilações dos sentimentos. Funciona assim: um sentimento surge, dita o que é verdade para mim, dá sentido a todo o meu momento e me impulsiona para uma ação, então me movo em uma direção, até que o sentimento cessa (e com ele a verdade, o sentido e a ação) e me sinto perdido, confuso e impotente, sem entender como fui parar em um local desconfortável sendo que estava andando em direção a um horizonte de felicidade.
Exemplos? Alguns casos que recebi por email nos últimos meses: uma mulher casada se apaixonou por outro, se separou para viver a paixão (que acabou) e agora sofre por não conseguir voltar para o casamento; um homem entrou em uma relação porque se sentia bem com a parceira mas não queria tomar esse direcionamento na vida e agora está mal por ter deixado seus projetos de lado; uma mulher que não gosta mais do marido, mas tem uma vida perfeita de casal, deseja muito se apaixonar por ele novamente, caso contrário diz que terá de se separar…
Fonte: Yahoo mail
P.S. Quero comentários e depois vou elaborar outro post com as minhas verdadeiras opiniões. =)
Todos os dias é tempo de mudança. Guardo todos os meus sonhos para o inverno, para mim não tem época mais bonita e charmosa. É como se tudo pudesse ser realizado no inverno...todas as minhas recordações afloram no inverno e o sentido das coisas também mudam completamente. Percebo que deixo para escrever e escrevo um pouco mais nessa estação maravilhosa. Quero me casar no inverno. ter filhos. viajar à Londres. deixa quieto o resto.
Na maioria das vezes que paro para postar aqui, eu estou no trabalho e tem uma janela gigante aqui do meu lado e eu enxergo um mundo absurdo através dela. Talvez pensem que sou louca ou que vivo em outro mundo e talvez até viva mesmo, mas o que realmente importa é que o mundo que vejo é muito melhor do que é e isso já está de bom tamanho.
Um dia vou ler autores bem famosos e meu tempo será maior, minhas faculdades não serão mais desculpa para meu afastamento das coisas que gosto e também minhas músicas não serão deixadas de lado nem por um minuto e alguém irá ter a percepção que eu procuro ter, na verdade não procuro mais a pessoa porque já a encontrei o que me falta é saber se ele um dia pensará como eu...não no sentido de pensar igual, mas na ilusão de algo melhor do que está agora.
Esqueci do aniversário do blog e acho que foi porque não sei direito se a minha primeira postagem foi o início mesmo. Começo com uma dor, permaneço nessa dor e agora o amor me corrompe e eu nem ao menos consigo parar e refletir sobre essa felicidade muda que eu sinto. Muito estranho tudo isso. Conheço uma pessoa que é melancolia os 365 dias do ano, já estava certa que seria assim comigo também, mas ainda bem que tem esse ar condicionado frio aqui...essa janela...essa chuvinha e as minhas musiquinhas.
Mas um carnaval se aproxima e com ele meu aniversário e se eu pudesse escolher uma data para meu aniversário, essa data não seria o carnaval (apesar de ser um tanto elétrica), afinal carnaval não combina em nada comigo.
Até quando tudo será idealizado?imaginado...Ainda preciso de coisas reais. Quero pensar mais, e me dedicar mais. Sempre juntando letrinhas e inventando uma vida melhor eu vou.
Perceber qualquer sinal de progresso é uma delícia.
...
"Que nobreza você tem
Que seus lábios são reais
Que seus olhos vão além
Que uma noite faz o bem
E nunca mais
Que salta de sonho em sonho
E não quebra telha
Que passa através do amor
E não se atrapalha
Que cruza o rio
E não se molha
AÊ, aê, andaia
A lua aê, a lua aê
andaia".
Chico Buarque e Vinicius Cantuária
As incertezas têm diminuido dentro de mim, tenho me sentido um pouco mais segura, coisa que já dura algumas semanas. Ah, o medo do futuro ainda está aqui, e tem predominado meus pensamentos ultimamente. Não sei o que fazer para mudar isso. A minha filosofia de viver um dia de cada vez está ficando para trás, pode ser que seja pelo fato de ter que deixar um ano para trás e viver um ano a mais, afinal irei envelhecer um pouco mais em fevereiro. Na verdade existe toda uma magia em aniversários, mas é totalmente individual (cada qual com sua mania). Estilo pôr na balança e tentar perceber o que já se fez e as possibilidades de fazer algo novo, assim como nos meses de janeiro, pois são mais especiais.
Um recomeço sempre e também é verão, apesar de não ser minha estação preferida. O verão é tempo de deixar algumas coisas para trás, bom...tenho isso como religião (MUDAR!) e ao mesmo tempo preservar algo.Confuso não?! Tenho que colocar tudo em prova e depois ter meus resultados. Estilo Descartes, talvez seja por isso que o amo.
Entre uns pensamentos loucos e outros...
Saudade absurda de tudo isso.Blog.Pessoas.Meus amores...
ASCII (acrônimo para American Standard Code for Information Interchange, que em português significa "Código Padrão Americano para o Intercâmbio de Informação") é uma codificação de caracteres de sete bits baseada no alfabeto inglês. Desenvolvida a partir de 1960, grande parte das codificações de caracteres modernas a herdaram como base.
A codificação define 128 caracteres, preenchendo completamente os sete bits disponíveis. Desses, 33 não são imprimíveis, como caracteres de controle atualmente obsoletos, que afetam o processamento do texto. Exceto pelo caractere de espaço, o restante é composto por caracteres imprimíveis.
Conteúdo completo: http://pt.wikipedia.org/wiki/ASCII
Fonte: wikipedia
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de artista que pense e de artista voraz
Eu gosto de olhar pra frente
de amar pra sempre o que fica pra trás
Eu gosto de quem sempre acreditaa
violência é maldita e já foi longe demais